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Primeiro conjunto de dados observados do Vera Rubin Observatory é disponibilizado por meio do IDAC-BR

11 de dezembro de 2025
Detalhes da imagem:

O aglomerado estelar aberto Messier 21, conforme imageado pelo Observatório Vera C. Rubin da NSF–DOE. Localizado perto da Nebulosa Trífida, Messier 21 é relativamente jovem e densamente agrupado com estrelas pequenas e fracas.

Créditos da imagem: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA

O LIneA anuncia a disponibilização do Data Preview 1 (DP1), o primeiro conjunto de dados obtidos pelo Vera C. Rubin Observatory durante seu comissionamento, utilizando a câmera de teste LSSTComCam — equipada com 9 dos 189 CCDs que comporão a câmera principal do levantamento Legacy Survey of Space and Time (LSST).

Esse marco representa um passo decisivo para a preparação da comunidade brasileira para o início do LSST e para a consolidação operacional do IDAC-BR, um dos centros  de acesso a dados do projeto.

A chegada e publicação do DP1 exigiram a instalação, no IDAC-BR, do sistema oficial de transferência internacional de dados (Rucio) conectado à infraestrutura do US Data Facility (USDF), no SLAC National Laboratory, o que foi feito com a importante colaboração técnica e institucional da equipe da ANSP Grid CA da UNESP, responsável por viabilizar a emissão de certificados digitais pelo LIneA. Para isso foi também implementado e validado um mecanismo federado de autenticação e autorização, integrado ao sistema mantido no USDF, garantindo conformidade com as políticas de controle de acesso e segurança do Rubin Observatory.

O processo envolveu ainda procedimentos formais, como a submissão do plano de segurança e confidencialidade, e a assinatura obrigatória de termos de embargo para todos os membros do LIneA com acesso aos dados sob embargo.

Além do acesso, o DP1 já está sendo utilizado para validar todo o fluxo de curadoria necessário para disponibilização futura de dados LSST, incluindo:

  • verificação e movimentação pós-transferência;
  • ingestão no banco de dados e geração de índices para a eficiente consulta em tabelas com até 40 bilhões de registros;
  • criação de catálogos e imagens para uso na plataforma LIneA Science Platform que dá acesso às várias ferramentas disponíveis para visualização e análise dos dados;
  • conversão de dados para o formato científico usado pelo Large Scale Database que viabiliza a combinação de grandes catálogos;
  • integração aos pipelines que produzem arquivos de treinamento para estimativa de redshifts fotométricos;
  • produção e exportação de tabelas de redshifts fotométricos de volta para o USDF.

Com o DP1, a fase de comissionamento avança de dados simulados (DP0.2) para dados reais observados. Esse passo prepara o ambiente técnico e a comunidade brasileira para os ciclos completos do LSST, garantindo que nossos cientistas estejam entre os primeiros no mundo a explorar este acervo científico inédito.

Membros do Grupo de Participação Brasileiro (BPG-LSST) estão convidados a acessar esses dados e enviar seus comentários e sugestões para helpdesk@linea.org.br.

O LIneA é um instituto de ciência e tecnologia privado cuja missão é viabilizar a participação de pesquisadores e estudantes em colaborações internacionais, apoiar centros emergentes, fornecer acesso a acervos de dados astronômicos e a uma infraestrutura de processamento intensivo de dados, e desenvolver soluções para problemas de big data nas áreas de astronomia e cosmologia. Atualmente as atividades do LIneA são apoiadas pela FINEP e pelo INCT do e-Universo.